Ultrassonografia neuromuscular

A ultrassonografia neuromuscular é um método relativamente novo dentro da neurologia e da neurofisiologia clínica. Ainda é realizado por poucos profissionais no Brasil, porque exige dedicação, treinamento específico e muita experiência.

Esse exame é altamente dependente do profissional que executa. Isso significa que os dados obtidos só ganham valor quando são analisados em conjunto com a história clínica do paciente e, principalmente, com os resultados da eletroneuromiografia.

Por isso, ter um médico que se dedica ao estudo tanto da eletroneuromiografia quanto da ultrassonografia neuromuscular é essencial para um diagnóstico preciso.

Exemplo de caso prático: paciente com fraqueza na mão por lesão do nervo radial. O nervo em contato com placa metálica no braço. À direita a imagem foi adaptada para melhor entendimento do médico que irá interpretá-la.

O que é possível avaliar com a ultrassonografia neuromuscular?

Esse exame permite visualizar em tempo real alterações dos nervos e músculos, ajudando a esclarecer diagnósticos que muitas vezes ficariam em dúvida apenas com exames tradicionais. Entre as principais informações que podem ser obtidas estão:

  • Aumento do tamanho dos nervos – sinal comum em neuropatias inflamatórias ou compressivas.

  • Fluxo intraneural – quando presente, pode indicar processos inflamatórios ativos.

  • Lesões tumorais – o exame permite identificar massas ou alterações que comprimem os nervos.

  • Lesões traumáticas – rupturas ou estiramentos nervosos podem ser avaliados de forma detalhada.

  • Alterações musculares – como sinais de comprometimento por doenças de origem nervosa ou muscular (miopatias).

Por que esse exame é importante?

A ultrassonografia neuromuscular é um exame complementar valioso, que ajuda a enxergar o que muitas vezes não aparece em outros métodos. Quando combinada com a eletroneuromiografia e uma avaliação clínica completa, ela amplia muito a precisão diagnóstica.


A ultrassonografia neuromuscular não é apenas “mais um exame”, mas sim uma ferramenta que, nas mãos de um especialista dedicado, pode fazer toda a diferença na definição do diagnóstico e no direcionamento do tratamento.

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